protesto de índios em Belo Monte https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/150924/all pt-br Índios mantêm bloqueio a canteiro de obras de Belo Monte pelo terceiro dia https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-01-09/indios-mantem-bloqueio-canteiro-de-obras-de-belo-monte-pelo-terceiro-dia <p> Alex Rodrigues<br /> <em>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Sem alcan&ccedil;ar um acordo satisfat&oacute;rio com a empresa Norte Energia, &iacute;ndios jurunas continuam bloqueando a estrada que d&aacute; acesso a um dos tr&ecirc;s canteiros de obras da Usina Hidrel&eacute;trica de Belo Monte, megaempreendimento no Rio Xingu, pr&oacute;ximo a Altamira (PA).</p> <p> O protesto entrou hoje (9) em seu terceiro dia. Representantes da Norte Energia e dos jurunas voltar&atilde;o a se reunir esta tarde para negociar o fim do bloqueio. A primeira reuni&atilde;o ocorreu ontem (8), mas, ao fim de tr&ecirc;s horas, terminou sem nenhum avan&ccedil;o.</p> <p> Segundo a assessoria do Cons&oacute;rcio Construtor Belo Monte (CCBM), respons&aacute;vel pela obra, apenas caminh&otilde;es transportando combust&iacute;vel e alimentos para os trabalhadores alojados no pr&oacute;prio canteiro de obras e o pessoal de limpeza e seguran&ccedil;a est&atilde;o sendo autorizados pelos &iacute;ndios a entrar em S&iacute;tio Pimental, canteiro a cerca de 69 quil&ocirc;metros de Altamira e onde trabalham aproximadamente 4 mil funcion&aacute;rios diretos e terceirizados.</p> <p> Ainda de acordo com a assessoria, nenhum ato de viol&ecirc;ncia f&iacute;sica ou dano ao empreendimento foi registrado desde o in&iacute;cio do bloqueio, na madrugada de segunda-feira (7). A assessoria diz n&atilde;o ser poss&iacute;vel mensurar o tamanho do preju&iacute;zo causado pela paralisa&ccedil;&atilde;o, mas adianta que, ante os prazos de conclus&atilde;o dos trabalhos, os tr&ecirc;s dias n&atilde;o causam um grande impacto. A previs&atilde;o &eacute; que a usina comece a operar em 2015.</p> <p> Embora tenha provocado a interrup&ccedil;&atilde;o total dos servi&ccedil;os em S&iacute;tio Pimental, o bloqueio n&atilde;o afetou o acesso aos outros dois canteiros de obras: Canais e Diques, que fica na mesma estrada vicinal, a chamada &nbsp;Travess&atilde;o 27, mas antes de S&iacute;tio Pimenta; e S&iacute;tio Belo Monte, a cerca de 30 quil&ocirc;metros do local do bloqueio.</p> <p> Procurada, a Norte Energia informou, em nota, que os &iacute;ndios se queixam de que as obras deixaram as &aacute;guas do Rio Xingu turvas, impedindo-os de pescar. Ainda segundo a empresa, os &iacute;ndios exigiram, inicialmente, R$ 300 mil a t&iacute;tulo de compensa&ccedil;&atilde;o ambiental e mais a constru&ccedil;&atilde;o de po&ccedil;os artesianos nas aldeias para liberar a pista.</p> <p> A <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> tentou entrar em contato com lideran&ccedil;as ind&iacute;genas ou representantes de organiza&ccedil;&otilde;es sociais que atuam na regi&atilde;o para confirmar as reivindica&ccedil;&otilde;es dos jurunas, mas n&atilde;o conseguiu falar com nenhum deles por telefone.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> bloqueio a Belo Monte índios jurunas Nacional negociação com índios Norte Energia obras de Belo Monte protesto de índios em Belo Monte Usina de Belo Monte Wed, 09 Jan 2013 14:41:16 +0000 davi.oliveira 711494 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/