Campe https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/150809/all pt-br Unicef abre debate sobre habilidades das pessoas com deficiência https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-01-07/unicef-abre-debate-sobre-habilidades-das-pessoas-com-deficiencia <p align="justify"> Thais Leit&atilde;o<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p align="justify"> Bras&iacute;lia - O Fundo das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para Inf&acirc;ncia (Unicef) vai selecionar v&iacute;deos produzidos por crian&ccedil;as, adolescentes e jovens de at&eacute; 25 anos sobre o tema defici&ecirc;ncia. O vencedor do concurso Tem a ver com habilidade! ser&aacute; usado no lan&ccedil;amento, em maio, do relat&oacute;rio Situa&ccedil;&atilde;o Mundial da Inf&acirc;ncia 2013: crian&ccedil;as com defici&ecirc;ncia. Pela primeira vez, o documento, apresentado anualmente, abordar&aacute; esse assunto.</p> <p align="justify"> De acordo com o escrit&oacute;rio do Unicef no Brasil, os interessados devem enviar os filmes at&eacute; o dia 15 deste m&ecirc;s para a sede do Fundo, em Nova Iorque. Os filmes podem ser de qualquer g&ecirc;nero &ndash; drama, com&eacute;dia, document&aacute;rio, ter dura&ccedil;&atilde;o de um minuto, tratar de experi&ecirc;ncias pessoais, dos direitos das pessoas com defici&ecirc;ncia, al&eacute;m dos desafios que enfrentam.</p> <p align="justify"> N&atilde;o h&aacute; obrigatoriedade de idioma, mas, caso os filmes n&atilde;o sejam em ingl&ecirc;s, devem estar acompanhados da transcri&ccedil;&atilde;o do texto ou ser legendados. A an&aacute;lise caber&aacute; a um painel global, formado por comunicadores e jovens. O respons&aacute;vel pela obra vencedora ser&aacute; premiado com uma filmadora. O regulamento do concurso pode ser conferido no site do <a href="http://www.unicef.org.br">Unicef</a>.</p> <p align="justify"> Iniciativas como essa, destinadas a valorizar as habilidades e potencialidades das pessoas com defici&ecirc;ncia em vez de evidenciar suas limita&ccedil;&otilde;es, s&atilde;o fundamentais para a consolida&ccedil;&atilde;o da inclus&atilde;o, no entendimento da professora Maria Izabel Tafuri, do Departamento de Psicologia Cl&iacute;nica da Universidade de Bras&iacute;lia (UnB). Ela enfatizou que crian&ccedil;as, com ou sem defici&ecirc;ncia, devem ter assegurado o direito&nbsp;ao pleno desenvolvimento f&iacute;sico e emocional.</p> <p align="justify"> &ldquo;Muitas vezes, essas crian&ccedil;as s&atilde;o olhadas com pena e n&atilde;o pode ser assim. Devem ser identificadas as caracter&iacute;sticas que permitem que elas se desenvolvam na sociedade por suas habilidades, que s&atilde;o individuais&rdquo;, disse.</p> <p align="justify"> &ldquo;Geralmente a inclus&atilde;o &eacute; entendida como o processo de colocar para dentro quem &eacute; considerado diferente, mas n&atilde;o &eacute; s&oacute; isso. Trata-se de um esfor&ccedil;o de combate ao preconceito que vivenciamos ao longo da vida, porque a maioria dos adultos de hoje n&atilde;o teve oportunidade e n&atilde;o aprendeu a conviver com pessoas com defici&ecirc;ncia quando crian&ccedil;as e n&atilde;o est&atilde;o prontos para a diversidade&rdquo;, acrescentou.</p> <p align="justify"> A professora da UnB tamb&eacute;m enfatizou que a fam&iacute;lia tem papel fundamental nesse processo, porque &eacute; ela que &ldquo;vai ter que estar preparada&rdquo; para enfrentar e dar suporte a essas crian&ccedil;as, quando se depararem com situa&ccedil;&otilde;es capazes de prejudicar o pleno desenvolvimento do seu potencial.</p> <p align="justify"> A presidenta do Centro de Apoio a M&atilde;es de Portadores de Efici&ecirc;ncia (Campe), que atua h&aacute; 10 anos no apoio a fam&iacute;lias cearenses cujos filhos tenham algum tipo de defici&ecirc;ncia, Keila Chavez, ressaltou que todas as crian&ccedil;as, qualquer que seja sua condi&ccedil;&atilde;o, t&ecirc;m aptid&otilde;es, sonhos e anseios. Segundo ela, as fam&iacute;lias devem se esfor&ccedil;ar para identific&aacute;-los e estimular seu desenvolvimento.</p> <p align="justify"> Como exemplo, ela citou o caso de seu filho, David Chaves, 16 anos. Com uma s&iacute;ndrome ainda n&atilde;o identificada pelos m&eacute;dicos, ele tem comprometimento intelectual e motor. Mesmo sem falar ou escrever, n&atilde;o deixa d&uacute;vidas sobre um sonho pessoal: envolver-se na atividade circense.</p> <p align="justify"> &ldquo;Ele &eacute; muito divertido e, principalmente quando chega visita aqui em casa, gosta de se exibir, com malabarismos e equilibrando-se nos m&oacute;veis e na rede. Na cadeira de balan&ccedil;o, por exemplo, ele fica bastante tempo testando em que ponto, com o peso do corpo, ela para de se mover&rdquo;, disse.</p> <p align="justify"> Dados do Censo 2010 mostram que o Brasil tem mais de 45 milh&otilde;es de pessoas com algum tipo de defici&ecirc;ncia: quase um quarto da popula&ccedil;&atilde;o.</p> <p align="justify"> &nbsp;</p> <p align="justify"> <em>Edi&ccedil;&atilde;o Beto Coura</em></p> Campe Centro de Apoio a Mães de Portadores de Eficiência Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília Fundo das Nações Unidas para Infância Keila Chavez Maria Izabel Tafuri Saúde Tem a ver com habilidade! unb Unicef Mon, 07 Jan 2013 18:29:23 +0000 alberto.coura 711360 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/