Canto Livre de Angola https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/147881/all pt-br Organizado há 30 anos, Canto Livre de Angola ajudou a disseminar cultura negra no país https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-11-20/organizado-ha-30-anos-canto-livre-de-angola-ajudou-disseminar-cultura-negra-no-pais <p> <img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/Reportagens Especiais/Consciência Negra/conscienciaNegra_materia.jpg" style="width: 720px; height: 140px;" /></p> <p> Cristiane Ribeiro<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil<br /> </em><br /> Rio de Janeiro &ndash; O primeiro <em>show </em>no Rio de Janeiro com artistas negros vindos de Angola, na &Aacute;frica, completa 30 anos em janeiro de 2013. Organizado pelo sambista Martinho da Vila, depois de algumas viagens &agrave;quele pa&iacute;s, o Canto Livre de Angola mostrou um peda&ccedil;o da cultura africana jamais apresentado no Brasil e serviu de base para tantas outras manifesta&ccedil;&otilde;es art&iacute;sticas de um povo com muitas semelhan&ccedil;as com o brasileiro.</p> <p> &ldquo;Os artistas fizeram apresenta&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m em S&atilde;o Paulo e Salvador e o projeto foi encantador, porque deu oportunidade para os brasileiros assistirem ao trabalho dos angolanos, coisa que nunca tinha acontecido no Brasil. Foi emocionante&rdquo;, lembra Martinho da Vila.</p> <p> A experi&ecirc;ncia deixou o cantor t&atilde;o entusiasmado que, no ano seguinte, ele promoveu no Brasil novo encontro de m&uacute;sicos africanos. Desta vez, a festa recebeu o nome de <em>kizomba</em>. A palavra africana significa festa do povo, encontro de identidades, e teve origem nas dan&ccedil;as dos negros que resistiram &agrave; escravid&atilde;o.</p> <p> &ldquo;O objetivo era ter cada vez mais informa&ccedil;&otilde;es sobre a cultura africana e encontramos brasileiros tamb&eacute;m com muita curiosidade em saber o que nossos irm&atilde;os africanos produziam por l&aacute;. Ent&atilde;o, as kizombas foram acontecendo uma vez por ano, at&eacute; 1990, reunindo um p&uacute;blico bastante diversificado&rdquo;, contou Martinho, lembrando que &ldquo;os <em>shows </em>marcaram a parte cultural do movimento negro no Brasil, hoje simbolizada pelo Festival Back2Black&rdquo;.</p> <p> Segundo o artista, o festival, que este ano est&aacute; na quarta edi&ccedil;&atilde;o, &eacute; uma continua&ccedil;&atilde;o das <em>kizombas</em>, pois nasceu da necessidade de fortalecer o contato com a m&uacute;sica africana. Al&eacute;m de <em>shows</em>, o Back2Black re&uacute;ne exposi&ccedil;&otilde;es, oficinas e debates. O sambista acredita que os <em>shows</em> com artistas negros podem atrair um p&uacute;blico maior e se mostrou otimista, dizendo que tudo &eacute; uma quest&atilde;o de tempo.</p> <p> &ldquo;A dissemina&ccedil;&atilde;o da cultura negra est&aacute; acontecendo paralelamente &agrave;s a&ccedil;&otilde;es afirmativas do Poder P&uacute;blico para a inser&ccedil;&atilde;o do negro na sociedade, como a pol&iacute;tica de cotas, que garante a entrada em universidades, melhorando muito a autoestima dos negros. O meu sonho &eacute; que um dia a gente n&atilde;o precise mais dar esse tipo de entrevista nem ser militante de movimento negro&rdquo;, disse.</p> <p> &nbsp;</p> <p> &nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Juliana Andrade e L&iacute;lian Beraldo</em></p> artistas Canto Livre de Angola Dia da Consciência Negra festival kizomba Martinho da Vila movimento negro música Nacional negros pretos Tue, 20 Nov 2012 14:10:16 +0000 lilian.beraldo 708205 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/