campanha no Rio de Janeiro https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/146958/all pt-br Campanha no Rio esclarece sobre direitos do cidadão em abordagens policiais dentro das favelas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-11-06/campanha-no-rio-esclarece-sobre-direitos-do-cidadao-em-abordagens-policiais-dentro-das-favelas <p> <em>Da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - Uma campanha in&eacute;dita em comunidades cariocas tem como objetivo esclarecer os direitos do cidad&atilde;o com rela&ccedil;&atilde;o aos procedimentos da pol&iacute;cia dentro das favelas. Promovida pela organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental (ONG) Redes de Desenvolvimento da Mar&eacute;, em parceria com as entidades Anistia Internacional e&nbsp; Observat&oacute;rio de Favelas, a campanha Somos da Mar&eacute; e Temos Direitos foi motivada por diversos relatos de moradores que sofreram abordagens policiais abusivas ou tiveram as casas arrombadas em opera&ccedil;&otilde;es da pol&iacute;cia.</p> <p> &ldquo;Todos territ&oacute;rios de favela do Rio de Janeiro t&ecirc;m um hist&oacute;rico de viola&ccedil;&atilde;o de direitos. N&oacute;s sublinhamos que nossa a&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; contra a pol&iacute;cia, nossa a&ccedil;&atilde;o &eacute; a favor do direito &agrave; seguran&ccedil;a, que interessa a todas as pessoas. A comunidade n&atilde;o pode ser uma receptora passiva da a&ccedil;&atilde;o do Estado. Para que essa a&ccedil;&atilde;o se sustente ao longo do tempo ela tem que envolver, desde o in&iacute;cio e durante sua implementa&ccedil;&atilde;o, os pr&oacute;prios moradores, coisa que n&atilde;o est&aacute; acontecendo&rdquo;, disse o diretor da Anistia Internacional no Brasil, &Aacute;tila Roque.</p> <p> O projeto ser&aacute; implementado nas 16 comunidades do Complexo da Mar&eacute; at&eacute; o final deste ano. A a&ccedil;&atilde;o teve in&iacute;cio hoje (6) na Favela Nova Holanda com a distribui&ccedil;&atilde;o de 50 mil informativos &agrave; popula&ccedil;&atilde;o. Os cerca de 100 volunt&aacute;rios caminharam pelas ruas da favela explicando aos moradores como proceder em uma abordagem policial na rua ou dentro das pr&oacute;prias resid&ecirc;ncias.</p> <p> No caso de atitudes desrespeitosas por parte de agentes de seguran&ccedil;a, os moradores foram orientados, por exemplo, a acionar a Corregedoria da Pol&iacute;cia Militar e a Comiss&atilde;o de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A Redes de Desenvolvimento da Mar&eacute; tamb&eacute;m ter&aacute; um n&uacute;mero de apoio aos moradores, o 3105-5531.</p> <p> Para a diretora da Redes de Desenvolvimento da Mar&eacute;, Eliana Souza, as autoridades de seguran&ccedil;a devem encurtar os la&ccedil;os com as comunidades na discuss&atilde;o do problema criando um di&aacute;logo aberto com a seguran&ccedil;a p&uacute;blica do estado. &ldquo;O morador da favela &eacute; apenas espectador e receptor dessa a&ccedil;&atilde;o [da seguran&ccedil;a p&uacute;blica] e o que n&oacute;s estamos querendo &eacute; nos antecipar e colocar essa agenda e dizer que o morador tem muito a dizer&rdquo;, explicou.</p> <p> Morador da Nova Holanda h&aacute; 40 anos, o ajudante de pedreiro Jos&eacute; Henrique de Carvalho aprovou a campanha. Apesar de nunca ter tido problemas em abordagens policiais, Carvalho acredita que, com a popula&ccedil;&atilde;o mais informada, os policiais v&atilde;o chegar de forma diferente nas casas. &ldquo;A gente n&atilde;o quer que eles [policiais] cheguem aqui e arrombem a sua casa. Isso foi constru&iacute;do com suor. Quando eu comecei a morar aqui isso tudo era barraco, a gente construiu tudo com muito suor&rdquo;, disse.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em><br /> &nbsp;</p> abordagem policial em favela campanha no Rio de Janeiro Complexo da Maré favela favela nova holanda Nacional polícia redes de desenvolvimento da maré rio violência na favela violência polícial Tue, 06 Nov 2012 18:49:44 +0000 fabio.massalli 707283 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/