cultura latino-americana https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/145961/all pt-br Ritmos afro-brasileiros movimentam terceiro dia do Flacc 2012 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-24/ritmos-afro-brasileiros-movimentam-terceiro-dia-do-flacc-2012 <p> Luciano Nascimento<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - Em seu terceiro dia, o <a href="http://www.flaac2012.com.br/" target="_blank">Festival Latino-Americano e Africano de Arte e Cultura (Flacc) 2012</a> teve a programa&ccedil;&atilde;o focada na contribui&ccedil;&atilde;o cultural com origem na &Aacute;frica e a sua rela&ccedil;&atilde;o com as culturas latino-americanas. Oficinas de ritmos, de contos&nbsp; africanos, espet&aacute;culos teatrais e musicais movimentaram estudantes universit&aacute;rios, de escolas p&uacute;blicas e a popula&ccedil;&atilde;o em geral. O festival &eacute; realizado na Universidade de Bras&iacute;lia (UnB) em comemora&ccedil;&atilde;o aos seus 50 anos.</p> <p> As atividades realizadas at&eacute; o momento confirmam a proposta do festival de promover a integra&ccedil;&atilde;o da cultura popular da &Aacute;frica e da Am&eacute;rica Latina. Pela manh&atilde;, os participantes foram convidados a interagir com os tambores no <em>workshop </em>Oficina de Ritmos Afro-Brasileiros, ministrado pela Orquestra de Tambores de Alagoas, no espa&ccedil;o Oca dos Povos Ind&iacute;genas Darcy Ribeiro. Formada em 2004, a orquestra de tambores &eacute; um grupo de percuss&atilde;o que trabalha ritmos da Regi&atilde;o Nordeste congregando elementos da cultura afro-brasileira e da cultura ind&iacute;gena.</p> <p> O m&uacute;sico e coordenador da orquestra, Wilson Santos, guiou os participantes na descoberta de ritmos como o cabula, barravento e o aluj&aacute;, ritmos pr&oacute;prios de religi&otilde;es de matriz africana como o candombl&eacute;. &ldquo;N&oacute;s quer&iacute;amos saber a percep&ccedil;&atilde;o das pessoas e como ia ser a receptividade com um trabalho diferente. A experi&ecirc;ncia est&aacute; sendo muito boa&rdquo;, disse. &Agrave; tarde, os participantes do festival tamb&eacute;m puderam acompanhar a Orquestra de Tambores de Alagoas na Oca dos Povos Ind&iacute;genas Darcy Ribeiro.</p> <p> Por meio da hist&oacute;ria de Orumil&aacute;, deus da adivinha&ccedil;&atilde;o e que &eacute; invocado no jogo de b&uacute;zios, quem participou do <em>workshop</em> Afrocontos &ndash; Hist&oacute;rias Africanas pode conhecer o universo mitol&oacute;gico dos orix&aacute;s e saber mais sobre as religi&otilde;es de matriz africana. O trabalho, apresentado pelo professor e pesquisador de teatro, Toni Edson Santos, mistura t&eacute;cnicas de encena&ccedil;&atilde;o e de conta&ccedil;&atilde;o de hist&oacute;rias.</p> <p> O desconhecimento e a intoler&acirc;ncia com rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s religi&otilde;es afro-brasileiras impulsionaram a realiza&ccedil;&atilde;o do&nbsp; trabalho. &ldquo;Uma das coisas que me incomoda h&aacute; bastante tempo &eacute; a quest&atilde;o da intoler&acirc;ncia religiosa e da falta de compreens&atilde;o de uma certa mitologia, por isto eu fui estudar a hist&oacute;ria dos orix&aacute;s para montar esse trabalho. &Eacute; importante difundir essas hist&oacute;rias e insistir na tecla do respeito da diversidade&rdquo;,&nbsp; disse Santos.</p> <p> O di&aacute;logo com os estere&oacute;tipos latino-americanos tomou corpo na apresenta&ccedil;&atilde;o do espet&aacute;culo <em>Contos Latidos de Amor e Sapitucas</em>, do Laborat&oacute;rio de Performances e Teatro do Vazio (LPTV) com alunos do departamento de artes c&ecirc;nicas da UnB. Por meio do uso do humor, o trabalho apresentou&nbsp; as &ldquo;mazelas&rdquo; da Am&eacute;rica Latina.</p> <p> &ldquo;A gente trabalha muito com o humor, com a perspectiva do c&ocirc;mico. Os estere&oacute;tipos da Am&eacute;rica Latina v&ecirc;m &agrave; tona com uma quantidade significativa de autoironia, de deboche da pr&oacute;pria desgra&ccedil;a em alguns sentidos: dos preconceitos, da corrup&ccedil;&atilde;o, do racismo, da dificuldade que as minorias encontram com a obten&ccedil;&atilde;o de espa&ccedil;o&rdquo;, explica a diretora e professora do curso de artes c&ecirc;nicas da UnB, Simone Reis.</p> <p> O terceiro dia do Festival Latino-Americano e Africano de Arte e Cultura se encerra com <em>show </em>da cantora baiana Margareth Menezes, umas das criadoras do movimento Afropop Brasileiro, no Mandala Global &ndash; Mestre Teodoro.</p> <p> As atividades do festival se concentram em uma grande &aacute;rea entre o Instituto Central de Ci&ecirc;ncias (ICC), conhecido como Minhoc&atilde;o, a Reitoria e a Biblioteca da UnB, em quatro espa&ccedil;os. O Espa&ccedil;o &Aacute;frica An&iacute;sio Teixeira, se dedica &agrave;s atra&ccedil;&otilde;es que resgatam a origem africana. A Oca dos Povos Ind&iacute;genas&nbsp; Darcy Ribeiro apresenta as atra&ccedil;&otilde;es latinas. O espa&ccedil;o Mandala Global &ndash; Mestre Teodoro &eacute; palco de <em>shows </em>e espet&aacute;culos. As atividades livres e de&nbsp; conviv&ecirc;ncias se concentram no Espa&ccedil;o Livre - Honestino Guimar&atilde;es. Entre os espa&ccedil;os, os participantes podem ver exposi&ccedil;&otilde;es art&iacute;sticas.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> Africa afrocontos america latina candomblé Cultura cultura afro-brasileira cultura latino-americana Festival Latino-Americano e Africano de Arte e Cultura flaac Flaac 2012 margareth menezes orixá oumilá ritmos afro-brasileiros unb Wed, 24 Oct 2012 23:55:56 +0000 fabio.massalli 706241 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/