crise no Líbano https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/145575/all pt-br Manifestantes entram em confronto com a polícia após funeral de militar assassinado no Líbano https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-21/manifestantes-entram-em-confronto-com-policia-apos-funeral-de-militar-assassinado-no-libano <p> <em>Da BBC Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Parte da multid&atilde;o que compareceu hoje (21) ao funeral do chefe de intelig&ecirc;ncia do L&iacute;bano, general Wissam Al Hasan, em Beirute, entrou em choque com a pol&iacute;tica, em meio &agrave; crescente tens&atilde;o no pa&iacute;s.</p> <p> O vel&oacute;rio de Wissam Al Hassan, morto em um violento atentado na sexta-feira (19), causou indigna&ccedil;&atilde;o entre diversos libaneses, que culpam o regime da S&iacute;ria pelo ataque. Mais sete pessoas morreram durante a explos&atilde;o do carro-bomba.</p> <p> Milhares de pessoas foram &agrave;s ruas de Beirute para o funeral. Alguns compareceram portando bandeiras libanesas e faixas contra o presidente s&iacute;rio, Bashar Al Assad.</p> <p> Neste domingo, os manifestantes tentaram invadir a sede do governo liban&ecirc;s. A pol&iacute;cia disparou g&aacute;s lacrimog&ecirc;neo para conter a multid&atilde;o.</p> <p> Muitos temem que a viol&ecirc;ncia na S&iacute;ria &ndash; que come&ccedil;ou em mar&ccedil;o do ano passado, com tentativas de insurgentes de derrubar Al Assad &ndash; possa se espalhar agora para o L&iacute;bano, onde a popula&ccedil;&atilde;o est&aacute; dividida em rela&ccedil;&atilde;o ao conflito.</p> <p> O Ex&eacute;rcito da S&iacute;ria esteve presente no L&iacute;bano por 29 anos, at&eacute; 2005. Al&eacute;m disso, historicamente o L&iacute;bano virou palco de conflitos violentos influenciados por eventos nos pa&iacute;ses ao seu redor, como S&iacute;ria e Israel.</p> <p> &ldquo;N&oacute;s estamos aguardando a queda do regime s&iacute;rio. At&eacute; que isso aconte&ccedil;a, n&atilde;o poder&aacute; haver paz no L&iacute;bano&quot;, disse &agrave; BBC uma das manifestantes que compareceu ao funeral de Al Hassan, neste domingo.</p> <p> O presidente liban&ecirc;s, Michel Suleiman, e o premi&ecirc; Najib Mikati deram in&iacute;cio aos servi&ccedil;os f&uacute;nebres na sede das For&ccedil;as de Seguran&ccedil;a Internas do L&iacute;bano, para onde o caix&atilde;o de Al Hassan foi levado no come&ccedil;o do dia.</p> <p> O pr&eacute;dio, na vizinhan&ccedil;a de Ashrafiya, fica perto de onde ocorreu o atentado de sexta-feira, realizado com carro-bomba.</p> <p> A seguran&ccedil;a foi refor&ccedil;ada em toda a capital libanesa neste domingo. No s&aacute;bado, diversos manifestantes foram &agrave;s ruas e incendiaram pneus, montando barricadas em alguns pontos de Beirute.</p> <p> O chefe do servi&ccedil;o de intelig&ecirc;ncia do L&iacute;bano tinha 47 anos e era ligado ao grupo 14 de Mar&ccedil;o e &agrave; fam&iacute;lia Hariri, dois dos principais opositores da S&iacute;ria no L&iacute;bano.</p> <p> O corpo de Al Hassan ser&aacute; enterrado ao lado do de Rafik Hariri, premi&ecirc; liban&ecirc;s que foi assassinado em 2005, tamb&eacute;m em um atentado. Al Hassan liderou uma investiga&ccedil;&atilde;o sobre este ataque que incriminou o regime s&iacute;rio.</p> <p> Saad Hariri, filho de Rafik e l&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o libanesa, participou do funeral deste domingo. Ele pediu a presen&ccedil;a de &ldquo;todo o L&iacute;bano, que Wissam Al Hassan protegeu contra os compl&ocirc;s de Bashar Al Assad&rdquo;.</p> <p> O epis&oacute;dio provocou uma crise pol&iacute;tica no governo liban&ecirc;s. No s&aacute;bado, o premi&ecirc; Mikati colocou seu cargo &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o, mas foi mantido pelo presidente Suleiman.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> assassinato de Al Hasan assassinato de general atentado no Líbano crise na Síria crise no Líbano funeral de Al Hasan funeral de general Internacional Sun, 21 Oct 2012 16:02:02 +0000 davi.oliveira 705955 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/