morte de neurônios https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/145569/all pt-br USP pesquisa molécula capaz de reverter a morte de células cerebrais https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-21/usp-pesquisa-molecula-capaz-de-reverter-morte-de-celulas-cerebrais <p> Fernanda Cruz<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; A a&ccedil;&atilde;o da mol&eacute;cula bradicinina &ndash; liberada pelo organismo humano em resposta a v&aacute;rios tipos de est&iacute;mulos - vem sendo estudada por pesquisadores do Instituto de Qu&iacute;mica da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP) para descobrir novas abordagens para o mal de Parkinson e o derrame cerebral isqu&ecirc;mico. O uso da subst&acirc;ncia foi capaz de reverter a morte de c&eacute;lulas cerebrais.</p> <p> O grupo de cientistas coordenado pelo professor Alexander Henning Ulrich, em colabora&ccedil;&atilde;o com pesquisadores de Porto Rico, investiga a aplica&ccedil;&atilde;o da bradicinina no resgate de c&eacute;lulas da morte programada, chamada de apoptose.</p> <p> A les&atilde;o prim&aacute;ria e a morte celular s&atilde;o processos ocasionados pela aus&ecirc;ncia de oxig&ecirc;nio nas c&eacute;lulas. Isso ocorre com o entupimento &ndash; tecnicamente chamado de oclus&atilde;o - de um vaso do c&eacute;rebro, o que gera o derrame cerebral isqu&ecirc;mico.</p> <p> O cientista explica que, em casos como esses, a bradicinina &eacute; capaz de reverter a morte dos neur&ocirc;nios induzida pela excessiva ativa&ccedil;&atilde;o de receptores de glutamato. A bradicinina est&aacute; presente no plasma e &eacute; produzida por quase todos os tecidos do organismo humano, tendo a&ccedil;&atilde;o anti-hipertensiva e controladora da press&atilde;o sangu&iacute;nea.</p> <p> De acordo com Henning, quando os neur&ocirc;nios morrem, liberam subst&acirc;ncias t&oacute;xicas que atingem as c&eacute;lulas vizinhas. Devido &agrave;s grandes concentra&ccedil;&otilde;es dessas subst&acirc;ncias, como por exemplo de glutamato, os receptores das c&eacute;lulas vizinhas s&atilde;o ativados de uma forma n&atilde;o controlada. &ldquo;Como resultado, concentra&ccedil;&otilde;es muito altas de c&aacute;lcio s&atilde;o atingidas dentro da c&eacute;lula. Esse c&aacute;lcio induz um programa de morte celular nessas c&eacute;lulas e, assim, aumenta o foco da les&atilde;o&rdquo;.</p> <p> Segundo Henning, o estudo est&aacute; em fase experimental e os resultados foram obtidos por meio de ensaios in vitro. &ldquo;Ainda n&atilde;o fizemos testes em animais. Esse ser&aacute; o pr&oacute;ximo passo, para mostrar se a bradicinina tem efeito protetor tamb&eacute;m no animal&rdquo;.</p> <p> O desafio dos pesquisadores, agora, &eacute; verificar se subst&acirc;ncias com a&ccedil;&otilde;es parecidas &agrave; bradicinina tamb&eacute;m protegem neur&ocirc;nios contra a apoptose. Isso &eacute; importante porque os efeitos colaterais dos subprodutos resultantes da degrada&ccedil;&atilde;o da bradicinina s&atilde;o muito danosos, indo desde a indu&ccedil;&atilde;o de inflama&ccedil;&atilde;o at&eacute; anula&ccedil;&atilde;o do pr&oacute;prio efeito promovido pela subst&acirc;ncia. &nbsp;</p> <p> Al&eacute;m dos estudos feitos em modelos in vitro para o tratamento da isquemia, a bradicinina foi testada em animais contra o mal de Parkinson. O trabalho tem sido feito em parceira com a professora Telma Tiemi Schwindt, do Instituto de Ci&ecirc;ncias Biom&eacute;dicas da USP. Ap&oacute;s sete dias da indu&ccedil;&atilde;o do Parkinson em ratos, por meio de inje&ccedil;&atilde;o de uma subst&acirc;ncia t&oacute;xica que mata os neur&ocirc;nios e mimetiza a doen&ccedil;a, os cientistas injetaram a bradicinina. Segundo Ulrich, depois de 56 dias, houve revers&atilde;o dos problemas motores na maioria dos roedores.</p> <p> Todas as descobertas promovidas pela pesquisa podem, no futuro, levar ao desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento do derrame cerebral e de doen&ccedil;as neurodegenerativas. No entanto, n&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o de quando isso pode ocorrer. &ldquo;Vamos primeiro conhecer melhor a fun&ccedil;&atilde;o da bradicinina em doen&ccedil;as neurodegenerativas, como o Parkinson&rdquo;, disse o pesquisador.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em><br /> &nbsp;</p> morte de células cerebrais morte de neurônios Saúde tratamento de degenerações neurológicas tratamento do derrame isquêmico tratamento do mal de Parkinson Sun, 21 Oct 2012 15:42:05 +0000 davi.oliveira 705952 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/