logística reversa na PNRS https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/145405/all pt-br Especialistas querem que iniciativa privada ajude a implementar política de resíduos sólidos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-18/especialistas-querem-que-iniciativa-privada-ajude-implementar-politica-de-residuos-solidos <p> Fl&aacute;via Villela<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; O sucesso da <a href="http://www.mma.gov.br/pol%C3%ADtica-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos" target="_blank">Pol&iacute;tica Nacional de Res&iacute;duos S&oacute;lidos</a> (PNRS), criada pela Lei 12.305/2010, depende de uma participa&ccedil;&atilde;o mais efetiva da iniciativa privada e dos munic&iacute;pios. A opini&atilde;o &eacute; de especialistas no assunto que participaram de um <em>workshop</em> sobre solu&ccedil;&otilde;es e tecnologias para gest&atilde;o integrada de res&iacute;duos s&oacute;lidos promovido hoje (18) na capital fluminense.</p> <p> Al&eacute;m disso, h&aacute; consenso entre os participantes do evento, promovido pelo Instituto Brasileiro de Administra&ccedil;&atilde;o Municipal (IBAM), de que, sem incentivos fiscais, capacita&ccedil;&atilde;o dos gestores e conscientiza&ccedil;&atilde;o ambiental de todos os envolvidos, a lei corre o risco de n&atilde;o sair do papel.<br /> &nbsp;<br /> Maur&iacute;cio Sellos, coordenador do <a href="http://www.programajoguelimpo.com.br/index.php" target="_blank">Programa Jogue Limpo</a>, iniciativa de log&iacute;stica reversa da cadeia de lubrificantes, que recolhe e recicla embalagens usadas desse tipo de produto, defendeu a responsabilidade compartilhada na cadeia de gest&atilde;o de res&iacute;duos s&oacute;lidos. Tamb&eacute;m cobrou recursos para promo&ccedil;&atilde;o da ind&uacute;stria da reciclagem.</p> <p> &ldquo;S&atilde;o necess&aacute;rios incentivos fiscais para a cadeia, para quem faz a log&iacute;stica, para quem recicla e para quem consome o material recicl&aacute;vel, do contr&aacute;rio, poderemos ter um volume grande de material reciclado, mas n&atilde;o ter sua utiliza&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p> <p> Para o professor e pesquisador Fernando Antonio Santos Beiriz, da Universidade Federal Fluminense (UFF), grande parte dos munic&iacute;pios do pa&iacute;s ainda n&atilde;o est&aacute; sensibilizada para a necessidade de planejar a gest&atilde;o dos res&iacute;duos s&oacute;lidos. &ldquo;Tamb&eacute;m falta estrutura em muitos munic&iacute;pios e o prazo est&aacute; correndo. Com algumas exce&ccedil;&otilde;es, a participa&ccedil;&atilde;o dos munic&iacute;pios ainda &eacute; muito t&iacute;mida nesse sentido&rdquo;.</p> <p> Ap&oacute;s o dia 2 de agosto de 2014, o Brasil n&atilde;o poder&aacute; mais ter lix&otilde;es, que ser&atilde;o substitu&iacute;dos pelos aterros sanit&aacute;rios. Al&eacute;m disso, os res&iacute;duos recicl&aacute;veis n&atilde;o poder&atilde;o mais ser mandados para os aterros sanit&aacute;rios e os munic&iacute;pios que desrespeitarem a norma podem ser multados.</p> <p> O desafio &eacute; grande: segundo o Minist&eacute;rio do Meio Ambiente, existem mais de 3 mil lix&otilde;es no Brasil para serem fechados no prazo fixado na PNRS, e 60% dos munic&iacute;pios ainda jogam seus res&iacute;duos nesses locais.</p> <p> No estado do Rio, com aproximadamente 15 milh&otilde;es de habitantes, 20 mil toneladas de res&iacute;duos s&oacute;lidos s&atilde;o produzidas por dia. Dos 92 munic&iacute;pios, 22 ainda destinam seus res&iacute;duos em lix&otilde;es, muitos em esquemas de cons&oacute;rcio, que s&atilde;o atualmente oito no estado.</p> <p> Segundo P&oacute;lita Gon&ccedil;alves, gerente de Educa&ccedil;&atilde;o Ambiental do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), os cons&oacute;rcios - que envolvem mais de um munic&iacute;pio na gest&atilde;o dos res&iacute;duos s&oacute;lidos - t&ecirc;m sido fundamentais para a amplia&ccedil;&atilde;o de coletas e armazenagens apropriadas de res&iacute;duos em aterros sanit&aacute;rios, por garantir redu&ccedil;&atilde;o de custos e mais qualidade do servi&ccedil;o.</p> <p> &ldquo;A gest&atilde;o por cons&oacute;rcios &eacute; decisiva na melhoria da gest&atilde;o dos res&iacute;duos no Brasil. O custo da tonelagem cai drasticamente, porque aumenta a escala, diminui a ocorr&ecirc;ncia de lix&otilde;es e aumenta a possibilidade da explora&ccedil;&atilde;o do g&aacute;s, pois cidades com menos de 500 mil habitantes n&atilde;o t&ecirc;m viabilidade econ&ocirc;mica para aproveitar esse g&aacute;s para gera&ccedil;&atilde;o de energia&rdquo;.</p> <p> P&oacute;lita tamb&eacute;m defendeu incentivos fiscais para as ind&uacute;strias e os atores envolvidos no processo de reciclagem. Entretanto, segundo ela, o ponto fundamental para o sucesso da pol&iacute;tica &eacute; a educa&ccedil;&atilde;o ambiental. &ldquo;Essa educa&ccedil;&atilde;o deve acontecer n&atilde;o apenas nas escolas, mas tamb&eacute;m por meio da m&iacute;dia. A popula&ccedil;&atilde;o precisa saber como separar seu lixo&rdquo;, comentou.</p> <p> Camilla Passarela Bortoletto, da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Empresas de Limpeza P&uacute;blica e Res&iacute;duos Especiais, apontou que um dos maiores gargalos na gest&atilde;o de res&iacute;duos &eacute; o conhecimento t&eacute;cnico sobre o assunto. A aus&ecirc;ncia de cultura de separa&ccedil;&atilde;o &eacute; outro fator complicador na gest&atilde;o de res&iacute;duos.</p> <p> O Brasil produz diariamente mais de 183 mil toneladas de lixo urbano. Mais de um milh&atilde;o de pessoas trabalham e sobrevivem da reciclagem desse lixo. Mesmo assim, grande parte da riqueza potencial &eacute; desperdi&ccedil;ada. Segundo Camilla, o Brasil deixa de ganhar R$ 8 bilh&otilde;es anualmente por n&atilde;o reciclar tudo o que &eacute; poss&iacute;vel.</p> <p> A especialista, no entanto, entende que o potencial de aproveitamento pela reciclagem vai impor a implementa&ccedil;&atilde;o da PNRS. &ldquo;Sou muito otimista e acredito que a lei v&aacute; pegar, n&atilde;o apenas pela problem&aacute;tica que &eacute; hoje a quest&atilde;o, mas, sobretudo, pelas oportunidades de neg&oacute;cios que os res&iacute;duos s&oacute;lidos geram&rdquo;.</p> <p> De acordo com o Minist&eacute;rio do Meio Ambiente (MMA), pouco mais de 560 munic&iacute;pios, ou 10% do total das cidades brasileiras, conclu&iacute;ram e entregaram seus planos de gest&atilde;o de res&iacute;duos at&eacute; a data definida pela PNRS em agosto passado. Os munic&iacute;pios que ainda n&atilde;o entregaram esse documento perderam o direito de renovar novos contratos com a esfera federal para o setor.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> logística reversa na PNRS Meio Ambiente Nacional participação da iniciativa privada participação dos municípios na PNRS planejamento da gestão de resíduos sólidos PNRS Política Nacional de Resísuos Sólidos resíduos sólidos Thu, 18 Oct 2012 19:16:31 +0000 davi.oliveira 705821 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/