agua negra https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/144212/all pt-br Sucesso de diretores brasileiros no exterior pode abrir mercado para outros profissionais do audiovisual https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-03/sucesso-de-diretores-brasileiros-no-exterior-pode-abrir-mercado-para-outros-profissionais-do-audiovis <p> Paulo Virgilio<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - A atua&ccedil;&atilde;o de cineastas brasileiros no exterior, dirigindo filmes em Hollywood ou no cinema europeu, pode abrir oportunidades no mercado internacional para outros profissionais do setor, como roteiristas, diretores de arte e editores de imagem e de som. A avalia&ccedil;&atilde;o &eacute; do montador e editor de som Waldir Xavier, que durante 14 anos trabalhou na ind&uacute;stria cinematogr&aacute;fica da Fran&ccedil;a, pa&iacute;s onde vivia desde 1988 e se formou em cinema na Universidade de Paris 7.</p> <p> Em <em>&Aacute;gua Negra</em>, produ&ccedil;&atilde;o norte-americana dirigida por Walter Salles em 2005, por exemplo, a fotografia foi assinada por Affonso Beato e a edi&ccedil;&atilde;o por Daniel Rezende. <em>Robocop</em>, que Jos&eacute; Padilha est&aacute; filmando nos Estados Unidos, tamb&eacute;m tem edi&ccedil;&atilde;o de Daniel Rezende e a fotografia &eacute; assinada por outro brasileiro, Lula Carvalho. J&aacute; Carlos Saldanha, diretor de sucessos como <em>Rio</em> e a <em>Era do Gelo</em>, teve o brasileiro Renato Falc&atilde;o como diretor de fotografia em <em>Rio</em>.</p> <p> Desde 2005, j&aacute; de volta ao Brasil, Waldir Xavier trabalhou em dois filmes longa-metragem da Premi&eacute;re Brasil, mostra competitiva do Festival do Rio. S&atilde;o eles: o drama <em>A Cole&ccedil;&atilde;o Invis&iacute;vel</em>, de Bernard Attai, exibido em sess&atilde;o de gala na noite de ontem (2) no Cine Odeon Petrobras e o document&aacute;rio <em>Margaret Mee e a Flor da Lua</em>, de Malu de Martino, que ter&aacute; a primeira exibi&ccedil;&atilde;o na mesma sala no pr&oacute;ximo domingo (7), &agrave;s 17h.</p> <p> &ldquo;S&atilde;o poucos os brasileiros nas equipes t&eacute;cnicas do cinema europeu. O mercado de trabalho &eacute; bastante fechado para estrangeiros&rdquo;, diz Waldir Xavier. &ldquo;Eu s&oacute; consegui entrar porque fiz toda a minha forma&ccedil;&atilde;o em cinema l&aacute; na Fran&ccedil;a&rdquo;.</p> <p> Al&eacute;m da oportunidade de trabalho, outro fator que pesou na decis&atilde;o de permanecer na Fran&ccedil;a, no in&iacute;cio dos anos 90, foi a crise que atingiu o cinema brasileiro naquele per&iacute;odo, com a extin&ccedil;&atilde;o da Embrafilme, no governo de Fernando Collor.</p> <p> As coprodu&ccedil;&otilde;es entre Brasil e Fran&ccedil;a possibilitaram ao montador criar uma liga&ccedil;&atilde;o com o cinema nacional. Em 1997, na fase de retomada da atividade cinematogr&aacute;fica brasileira, Xavier trabalhou em Paris para o diretor Walter Salles, na edi&ccedil;&atilde;o sonora do filme <em>Central do Brasil</em>.&nbsp; O mesmo ocorreu em 2002 com outra coprodu&ccedil;&atilde;o franco-brasileira, <em>Madame Sat&atilde;</em>, dirigida pelo cineasta cearense Karim A&iuml;nouz.</p> <p> &ldquo;Um diretor brasileiro que vai trabalhar no exterior, mesmo que o filme seja uma coprodu&ccedil;&atilde;o, muitas vezes tem a possibilidade de indicar profissionais de sua confian&ccedil;a para fun&ccedil;&otilde;es-chave, como a montagem e a dire&ccedil;&atilde;o de arte&rdquo;, diz Xavier.</p> <p> Novamente a convite de A&iuml;nouz, ele retornar&aacute; &agrave; Europa em 2013, para assinar a edi&ccedil;&atilde;o de som do mais recente filme do diretor brasileiro, <em>Praia do Futuro</em>, uma coprodu&ccedil;&atilde;o Brasil-Alemanha</p> <p> Para Xavier, a Premi&egrave;re Brasil do Festival do Rio cumpre bem o papel de &ldquo;vitrine do cinema brasileiro&rdquo;, como definem os organizadores do evento. &ldquo;Sobretudo para os profissionais estrangeiros que v&ecirc;m ao festival&rdquo;, diz.</p> <p> Xavier considera, no entanto, que ainda falta ao Brasil criar uma identidade cinematogr&aacute;fica em termos internacionais, a exemplo do que ocorreu com o cinema argentino. &ldquo;Este &eacute; o momento do cinema brasileiro partir para uma produ&ccedil;&atilde;o mais focada na qualidade art&iacute;stica dos projetos do que na l&oacute;gica do mercado,&rdquo; avalia.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> agua negra audiovisual Carlos Saldanha cinema cinema europeu cinema nacional Cultura diretor brasileiro diretor de arte diretores era do gelo Hollywood industria cinematográfica rio Robocop walter salles Wed, 03 Oct 2012 21:22:57 +0000 fabio.massalli 704513 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/