internacionalização da Rússia https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/135478/all pt-br Ipea aponta crescimento na internacionalização de empresas de países em desenvolvimento https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-14/ipea-aponta-crescimento-na-internacionalizacao-de-empresas-de-paises-em-desenvolvimento <p> Camila Maciel<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Estudo divulgado hoje (14) pelo Instituto de Pesquisa Econ&ocirc;mica Aplicada (Ipea) mostra um crescimento de 10,5 pontos percentuais na internacionaliza&ccedil;&atilde;o de empresas de seis pa&iacute;ses em desenvolvimento, nos &uacute;ltimos 20 anos. O percentual, que era de apenas 7% em 1990, passou para 17,5% em 2010.</p> <p> O levantamento mostra que pol&iacute;ticas p&uacute;blicas de fomento foram essenciais para possibilitar a expans&atilde;o do investimento direto externo (IDE).</p> <p> O instituto analisou as estrat&eacute;gias de internacionaliza&ccedil;&atilde;o de seis pa&iacute;ses: &Aacute;frica do Sul, China, Coreia do Sul, Espanha, Mal&aacute;sia e R&uacute;ssia. Dentre as estrat&eacute;gias avaliadas pelo Ipea est&atilde;o linhas de cr&eacute;dito, taxas de juros subsidiadas, servi&ccedil;os de apoio (consultorias, feiras, f&oacute;runs) e cursos para melhoria de capacita&ccedil;&atilde;o de pessoal.</p> <p> &ldquo;As pol&iacute;ticas p&uacute;blicas assumem um papel central para as empresas que buscam realizar investimentos no exterior, tendo em vista os elevados riscos envolvidos nessas opera&ccedil;&otilde;es, bem como a necessidade de informa&ccedil;&otilde;es precisas e de montantes de recursos relevantes&rdquo;, ressalta o documento.</p> <p> O estudo aponta que a &Aacute;sia em desenvolvimento, liderada pela China, representa 70% dos fluxos de IDE recebidos pelos pa&iacute;ses em desenvolvimento, na &uacute;ltima d&eacute;cada. A Am&eacute;rica Latina responde por 29% e a &Aacute;frica por 1,6%, segundo dados da Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Com&eacute;rcio e Desenvolvimento (Unctad).</p> <p> Segundo o Ipea, essa expans&atilde;o aprofunda a competitividade das empresas, al&eacute;m de estimular a capacita&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica e de recursos humanos. Na &Aacute;frica do Sul, por exemplo, segundo dados da Unctad, o governo do pa&iacute;s assinou 39 acordos bilaterais de investimentos entre 1994 e 2011. Segundo o Ipea, a prote&ccedil;&atilde;o rec&iacute;proca ao investimento tem sido a principal motiva&ccedil;&atilde;o por tr&aacute;s desses acordos.</p> <p> O estudo mostra tamb&eacute;m que, para encorajar as empresas chinesas a instalarem parques industriais em outros pa&iacute;ses, o governo tem implantado o chamado <em>one stop point</em>, no qual os clientes t&ecirc;m acesso a servi&ccedil;os de v&aacute;rios minist&eacute;rios e outras institui&ccedil;&otilde;es governamentais. Vietn&atilde;, Camboja, Paquist&atilde;o e R&uacute;ssia foram outros pa&iacute;ses a receber esse espa&ccedil;o.</p> <p> Na Coreia do Sul, o apoio financeiro pode chegar a 90% do total investido no exterior. H&aacute; incentivos, sobretudo, para projetos que assegurem o acesso a recursos naturais. O governo espanhol, por sua vez, disponibiliza pol&iacute;ticas de seguro para o processo de internacionaliza&ccedil;&atilde;o, visando a mitigar os riscos desses investimentos. A prote&ccedil;&atilde;o est&aacute; relacionada a direito de propriedade, falta de transpar&ecirc;ncia, ruptura de compromissos em decorr&ecirc;ncia de guerras ou revolu&ccedil;&otilde;es no pa&iacute;s receptor.</p> <p> Uma das medidas identificadas na Mal&aacute;sia &eacute; o investimento em servi&ccedil;os t&eacute;cnicos. Na R&uacute;ssia, embora n&atilde;o exista um conjunto de pol&iacute;ticas, algumas a&ccedil;&otilde;es repercutem na internacionaliza&ccedil;&atilde;o das empresas, como o maior envolvimento estatal no setor energ&eacute;tico do pa&iacute;s.</p> <p> O estudo mostra ainda que a movimenta&ccedil;&atilde;o mais intensa de recursos ocorre na Espanha, com 3,23% de participa&ccedil;&atilde;o no IDE mundial. Outro destaque &eacute; o IDE russo, com 2,12%. Dos seis pa&iacute;ses analisados, apenas China e Mal&aacute;sia n&atilde;o t&ecirc;m os Estados Unidos ou a Europa como principais destinos. Nesses dois pa&iacute;ses, o IDE &eacute; voltado para a regi&atilde;o asi&aacute;tica.</p> <p> O Ipea toma essas estrat&eacute;gias como exemplo para propor pol&iacute;ticas de amplia&ccedil;&atilde;o do n&uacute;mero de empresas brasileiras no exterior. &ldquo;A an&aacute;lise de experi&ecirc;ncias internacionais oferece uma ampla gama de op&ccedil;&otilde;es e ideias, as quais podem ser avaliadas pelos gestores p&uacute;blicos de forma complementar &agrave;s pol&iacute;ticas p&uacute;blicas em execu&ccedil;&atilde;o, de forma a favorecer a expans&atilde;o de empresas brasileiras no mercado internacional&rdquo;, assinala o documento.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em><br /> &nbsp;</p> Economia empresas de países em desenvolvimento Internacional internacionalização da África do Sul internacionalização da China internacionalização da Coreia do Sul internacionalização da Espanha internacionalização da Malásia internacionalização da Rússia internacionalização de empresas investimento direto externo ipea unctad Thu, 14 Jun 2012 18:22:54 +0000 davi.oliveira 697030 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/