Paulo Rocaro https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/134018/all pt-br Corpo de jornalista assassinado em Mato Grosso do Sul é enterrado https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-05/corpo-de-jornalista-assassinado-em-mato-grosso-do-sul-e-enterrado <p> Luciano Nascimento<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - O corpo do empres&aacute;rio e diretor do <em>Jornal da Pra&ccedil;a</em>, Luiz Henrique Georges, conhecido como Tolu, foi sepultado hoje (5) &agrave; tarde. Ele foi executado com v&aacute;rios tiros de fuzil por volta das 16h de ontem na cidade de Ponta Por&atilde;, em Mato Grosso do Sul. Tamb&eacute;m foi assassinado Neri Vera, seguran&ccedil;a do jornalista. Tolu havia comprado o jornal recentemente e ocupava o cargo de diretor da publica&ccedil;&atilde;o.</p> <p> Os assassinatos ocorreram quando Tolu seguia pela Avenida Brasil, no centro da cidade, dirigindo uma caminhonete. O terceiro ocupante do ve&iacute;culo, Ananias Duarte, foi socorrido com vida e est&aacute; internado no Hospital Municipal de Ponta Por&atilde;. Seu quadro &eacute; considerado est&aacute;vel. Os tiros foram disparados pelos ocupantes de outra caminhonete, que n&atilde;o foram identificados. A suspeita &eacute; que tenham fugido para Pedro Juan Caballero, no Paraguai, cidade que faz fronteira com Ponta Por&atilde;.</p> <p> O crime aconteceu a 100 metros do local em que foi morto, no dia 12 de fevereiro deste ano, o editor do mesmo <em>Jornal da Pra&ccedil;a</em>, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-02-13/jornalista-e-morto-tiros-em-cidade-de-mato-grosso-do-sul" target="_blank">Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, de 51 anos, conhecido como Paulo Rocaro</a>.</p> <p> Tolu era sobrinho de Fahd George, que j&aacute; foi conhecido como o &ldquo;rei da fronteira&rdquo;. Fahd ou Fuad, como tamb&eacute;m &eacute; chamado, foi condenado pela Justi&ccedil;a Federal por lavagem de dinheiro, tr&aacute;fico internacional de drogas e sonega&ccedil;&atilde;o fiscal. Em maio, o Superior Tribunal de Justi&ccedil;a (STJ) extinguiu os processos contra Fahd por falta de provas.</p> <p> O duplo homic&iacute;dio e a tentativa de morte contra Ananias Duarte est&atilde;o sendo investigados no 1&ordm; Distrito Policial pelo delegado titular Clemir Vieira Junior e tamb&eacute;m pelo delegado plantonista Odorico de Mendon&ccedil;a Mesquita, o mesmo que &eacute; respons&aacute;vel pelo inqu&eacute;rito que apura a morte do jornalista Paulo Rocaro.</p> <p> No Congresso Nacional, tramita o Projeto de Lei PL 1.078/2011 que transfere &agrave; esfera federal <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-05-28/profissionais-cobram-no-congresso-aprovacao-de-lei-que-federaliza-crimes-contra-jornalistas" target="_blank">a responsabilidade de apurar os crimes cometidos contra jornalista no exerc&iacute;cio da atividade</a>.</p> <p> De autoria do deputado federal Prot&oacute;genes Queiroz (PCdoB-SP), o projeto de lei confere &agrave; Pol&iacute;cia Federal a responsabilidade por investigar crimes contra jornalistas que as autoridades estaduais n&atilde;o conseguirem esclarecer em 90 dias, transferindo tamb&eacute;m o julgamento para a Justi&ccedil;a Federal.</p> <p> Atualmente, o chamado deslocamento de compet&ecirc;ncia j&aacute; ocorre para crimes contra os direitos humanos, institu&iacute;do pela Emenda Constitucional 45/2004.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> assassinato de jornalista assassinato em Ponta Porã diretor do Jornal da Praça editor do Jornal da Praça Fahd Fuad Nacional Paulo Rocaro projeto sobre crimes contra jornalista STJ Tolu Fri, 05 Oct 2012 21:10:07 +0000 davi.oliveira 704702 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Profissionais cobram no Congresso aprovação de lei que federaliza crimes contra jornalistas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-05-28/profissionais-cobram-no-congresso-aprovacao-de-lei-que-federaliza-crimes-contra-jornalistas <p> Alex Rodrigues<br /> <em>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Profissionais de imprensa pedem que o Congresso Nacional aprove rapidamente a cria&ccedil;&atilde;o de lei que transfere &agrave; esfera federal a responsabilidade de apurar os crimes cometidos contra jornalista no exerc&iacute;cio da atividade. Atualmente, o chamado deslocamento de compet&ecirc;ncia j&aacute; ocorre para crimes contra os direitos humanos, institu&iacute;do pela Emenda Constitucional 45/2004.</p> <p> Al&eacute;m de pressa na vota&ccedil;&atilde;o do projeto de lei (<a href="http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=5C024E7DAC6EAA938B8EB5521599F69B.node2?codteor=859758&amp;filename=PL+1078/2011" target="_blank">PL 1.078/2011</a>) tratando da apura&ccedil;&atilde;o federal para crimes contra os jornalistas, que tramita atualmente na C&acirc;mara dos Deputados, representantes da categoria cobram tamb&eacute;m a reativa&ccedil;&atilde;o do Conselho Nacional de Comunica&ccedil;&atilde;o Social.</p> <p> Para os representantes dos trabalhadores da &aacute;rea, os assassinatos e atentados contra jornalistas, principalmente quando motivados por raz&otilde;es pol&iacute;ticas, ferem o direito &agrave; informa&ccedil;&atilde;o e a liberdade de imprensa.</p> <p> De autoria do deputado federal Prot&oacute;genes Queiroz (PCdoB-SP), o projeto de lei confere &agrave; Pol&iacute;cia Federal a responsabilidade por investigar os crimes contra jornalistas que as autoridades estaduais n&atilde;o conseguirem esclarecer em 90 dias, transferindo tamb&eacute;m o julgamento para a Justi&ccedil;a Federal.</p> <p> Por outro lado, o Conselho de Comunica&ccedil;&atilde;o Social, embora institu&iacute;do pela Constitui&ccedil;&atilde;o Federal e tamb&eacute;m previsto na Lei 8.389/1991, est&aacute; atualmente desativado por falta de nomea&ccedil;&atilde;o dos integrantes. O colegiado &eacute; o &oacute;rg&atilde;o auxiliar do Congresso Nacional para assuntos da &aacute;rea.</p> <p> Em audi&ecirc;ncia p&uacute;blica realizada hoje (26) na Comiss&atilde;o de Direitos Humanos e Legisla&ccedil;&atilde;o Participativa do Senado, o presidente da Federa&ccedil;&atilde;o Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schr&ouml;der, destacou que a maior parte dos crimes contra profissionais da &aacute;rea tem motiva&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas. Sua opini&atilde;o <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-24/jornalistas-que-fazem-reportagens-sobre-politica-local-e-denuncias-sao-principais-vitimas-de-violenci" target="_blank">corrobora relat&oacute;rio do Comit&ecirc; de Prote&ccedil;&atilde;o aos Jornalistas (CPJ) divulgado em abril</a>.</p> <p> De acordo com dados da Fenaj, de cada dez casos de viol&ecirc;ncia contra jornalistas, seis ocorrem contra os profissionais que cobrem a &aacute;rea pol&iacute;tica. Somente nos &uacute;ltimos 12 meses, seis&nbsp;foram assassinados, o que coloca o Brasil na inc&ocirc;moda 11&ordf; posi&ccedil;&atilde;o do <em>ranking</em> dos pa&iacute;ses mais inseguros para a pr&aacute;tica da profiss&atilde;o, logo atr&aacute;s do Paquist&atilde;o.</p> <p> O caso mais recente ocorreu em abril, no Maranh&atilde;o, onde o jornalista D&eacute;cio S&aacute; foi assassinado com seis tiros. Al&eacute;m de trabalhar na editoria de Pol&iacute;tica do jornal <em>O Estado do Maranh&atilde;o</em>, S&aacute; mantinha um blog no qual criticava e denunciava pol&iacute;ticos e autoridades maranhenses.</p> <p> Pouco antes, em fevereiro, em Mato Grosso do Sul, pistoleiros mataram o jornalista Paulo Rocaro. Fundador do <em>site</em> Mercosulnews e editor-chefe do <em>Jornal da Pra&ccedil;a</em>, no qual trabalhava h&aacute; quase 30 anos, Rocaro publicou tr&ecirc;s livros, entre eles um com den&uacute;ncias sobre a atua&ccedil;&atilde;o de grupos de exterm&iacute;nio na fronteira Brasil-Paraguai.</p> <p> &ldquo;Nosso pessoal est&aacute; sendo morto da forma mais bandida, mais covarde [poss&iacute;vel]. Est&atilde;o sendo baleados pelas costas e, na maioria dos casos, isso est&aacute; ligado &agrave; cobertura pol&iacute;tica que fazem&rdquo;, declarou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifus&atilde;o e Televis&atilde;o do Distrito Federal (DF), Chico Pereira, um dos convidados da audi&ecirc;ncia p&uacute;blica.</p> <p> &ldquo;O cerne desta quest&atilde;o &eacute; a falta de justi&ccedil;a. As pessoas se sentem acima da lei e mandam seus recados matando um [profissional de comunica&ccedil;&atilde;o]. E, se n&atilde;o ficam satisfeitos, matam outro&rdquo;, disse Joedson Alves da Silva, da Uni&atilde;o do Jornalista, Profissionais da Comunica&ccedil;&atilde;o, Cidad&atilde;os e Consumidores, para quem os trabalhadores t&ecirc;m que exigir dos empregadores melhores condi&ccedil;&otilde;es de trabalho, incluindo mais seguran&ccedil;a.</p> <p> Ao apoiar a proposta para que os crimes contra jornalistas sejam federalizados, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Lincoln Mac&aacute;rio, destacou que a garantia de seguran&ccedil;a para os profissionais de comunica&ccedil;&atilde;o &eacute; um tema essencial para o fortalecimento da democracia brasileira.</p> <p> &ldquo;A viol&ecirc;ncia contra jornalistas &eacute;, talvez, a express&atilde;o m&aacute;xima dos embara&ccedil;os &agrave; liberdade de imprensa e ao direito da sociedade &agrave; informa&ccedil;&atilde;o&rdquo;, frisou Mac&aacute;rio, cobrando do presidente do Senado, Jos&eacute; Sarney (PMDB-MA) a instala&ccedil;&atilde;o do conselho.</p> <p> &ldquo;Falta institucionalidade &nbsp;&agrave; imprensa e regulamenta&ccedil;&atilde;o do nosso trabalho, como no caso do direito de resposta. O conselho n&atilde;o vai ser uma panaceia [rem&eacute;dio para todos os males], mas vai contribuir&rdquo;, argumentou.</p> <p> Presidente da comiss&atilde;o, o senador Paulo Paim (PT-RS) garantiu que o colegiado ir&aacute; pedir pressa na discuss&atilde;o do projeto de lei de federaliza&ccedil;&atilde;o dos crimes contra jornalista.</p> <p> &ldquo;O projeto &eacute; positivo. Com a sua aprova&ccedil;&atilde;o, a investiga&ccedil;&atilde;o destes crimes ser&aacute; feita pela Pol&iacute;cia Federal e poderemos, assim, acelerar a descoberta de quem matou, quem mandou matar, quem torturou, agrediu ou impediu os jornalistas de exercerem sua atividade leg&iacute;tima de informar &agrave; popula&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> assassinato de jornalista Chico Pereira Cidadania Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Conselho de Comunicação Social Décio Sá desativação do conselho Fenaj Joedson Alves da Silva jornalistas Lincoln Macário Nacional O Estado do Maranhão Paulo Rocaro Protógenes Queiroz Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal Mon, 28 May 2012 20:07:09 +0000 davi.oliveira 695877 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/