Internacional Osteoporosis Foundation https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/133708/all pt-br Fraturas em decorrência da osteoporose devem crescer 32% até 2050, diz estudo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-05-24/fraturas-em-decorrencia-da-osteoporose-devem-crescer-32-ate-2050-diz-estudo <p> Camila Maciel<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil </em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; O n&uacute;mero de fraturas no quadril em decorr&ecirc;ncia da osteoporose, doen&ccedil;a que enfraquece os ossos, deve crescer 32% at&eacute; 2050 no Brasil, segundo estudo divulgado hoje (24) pela Internacional Osteoporosis Foundation (IOF). Segundo a pesquisa, o crescimento est&aacute; relacionado ao envelhecimento da popula&ccedil;&atilde;o. No pa&iacute;s, o n&uacute;mero de pessoas com mais de 70 anos aumentar&aacute; 380% at&eacute; 2050 e representar&aacute; 14% da popula&ccedil;&atilde;o brasileira.</p> <p> Atualmente, a osteoporose atinge tr&ecirc;s milh&otilde;es de pessoas no Brasil. A incid&ecirc;ncia entre as mulheres &eacute; maior, chegando a atingir uma em cada tr&ecirc;s mulheres com mais de 50 anos. O estudo aponta, no entanto, que a maioria sequer possui um diagn&oacute;stico da doen&ccedil;a. &ldquo;As proje&ccedil;&otilde;es de crescimento da osteoporose servem de alerta para as autoridades de sa&uacute;de&rdquo;, disse o m&eacute;dico Jos&eacute; Zanchetta, especialista em osteologia e um dos autores do estudo.</p> <p> Vera Matilde de Almeida, de 83 anos, que participou da divulga&ccedil;&atilde;o do estudo, disse que h&aacute; cinco anos descobriu que tinha a doen&ccedil;a. &ldquo;Achatei uma v&eacute;rtebra quando fazia atividade f&iacute;sica. Doeu muito&rdquo;, lembra. Ela j&aacute; tinha sofrido cinco fraturas em diferentes partes do corpo, mas o diagn&oacute;stico de osteoporose s&oacute; veio tardiamente. &ldquo;Tive que passar por cinco m&eacute;dicos para ter uma orienta&ccedil;&atilde;o definitiva&rdquo;, disse. Com o tratamento, Vera tem uma vida normal, mas n&atilde;o pode descuidar dos cuidados com os ossos.</p> <p> O estudo Osteoporose na Am&eacute;rica Latina: Epidemiologia, Custos e Relev&acirc;ncia reuniu dados de 14 pa&iacute;ses: Brasil, Chile, Argentina, M&eacute;xico, Uruguai, Peru, Venezuela, Cuba, Costa Rica, Col&ocirc;mbia, Bol&iacute;via, Nicar&aacute;gua, Panam&aacute; e Guatemala. Assim como o Brasil, daqui a tr&ecirc;s d&eacute;cadas, a maioria desses pa&iacute;ses ter&aacute; pelo menos o dobro da sua popula&ccedil;&atilde;o com mais de 70 anos.</p> <p> As fraturas s&atilde;o o componente de maior risco da doen&ccedil;a, especialmente as de quadril. &ldquo;20% das mulheres que tem esse tipo de fratura morrem at&eacute; um ano depois da queda em decorr&ecirc;ncia de complica&ccedil;&otilde;es&rdquo;, alertou o m&eacute;dico reumatologista Cristiano Zerbini, um dos brasileiros a participar do estudo. Segundo o m&eacute;dico, o fator psicol&oacute;gico tamb&eacute;m afeta os pacientes, pois eles perdem grande parte de sua autonomia. Pelo menos 55% das pessoas precisa de ajuda para tomar banho e 68% ter&aacute; incontin&ecirc;ncia fecal e urin&aacute;ria.</p> <p> Apoio &agrave; pesquisa, campanhas de preven&ccedil;&atilde;o, aumento da capacidade de forma&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos e formula&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas nacionais de sa&uacute;de s&atilde;o algumas das recomenda&ccedil;&otilde;es apontadas pela pesquisa para possibilitar um menor impacto da doen&ccedil;a daqui a 30 anos. Segundo Zerbini, essas a&ccedil;&otilde;es v&atilde;o possibilitar uma melhor qualidade de vida para quase 40% da popula&ccedil;&atilde;o, considerando que esse ser&aacute; o percentual de pessoas com mais de 50 anos em 2050.</p> <p> De acordo com o m&eacute;dico brasileiro, todos perdem massa &oacute;ssea com a idade. Ele explica que a perda normal &eacute; de 0,5% por ano a partir dos 45 anos. &ldquo;Uma perda equivalente a 25% do esqueleto leva ao paciente a ter grande possibilidade de fratura. Em termos quantitativos, &eacute; isso que chamamos de osteoporose&rdquo;, explicou.</p> <p> Segundo o IOF, o fator gen&eacute;tico &eacute; respons&aacute;vel por 80% da forma&ccedil;&atilde;o &oacute;ssea de uma pessoa. O restante depende de cada um e pode ser feito atrav&eacute;s da aquisi&ccedil;&atilde;o de c&aacute;lcio e a pr&aacute;tica de atividades f&iacute;sicas. &ldquo;O leite e derivados s&atilde;o as formas mais eficazes de adquirir c&aacute;lcio&rdquo;, disse Zerbini.</p> <p> Segundo o m&eacute;dico, para possibilitar a absor&ccedil;&atilde;o do c&aacute;lcio, &eacute; necess&aacute;rio um m&iacute;nimo de exposi&ccedil;&atilde;o de 15 minutos ao sol durante tr&ecirc;s vezes por semana. &ldquo;O Brasil, mesmo sendo uma regi&atilde;o ensolarada, tem uma defici&ecirc;ncia de vitamina D [que &eacute; respons&aacute;vel por promover essa absor&ccedil;&atilde;o] maior do que o Canad&aacute; e a Escandin&aacute;via&rdquo;, disse o reumatologista.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em><br /> &nbsp;</p> cálcio doença envelhecimento fratura fratura no quadril fratura por osteoporose Internacional Osteoporosis Foundation IOF mulheres óssea ossos osteoporose Saúde sol Thu, 24 May 2012 21:22:23 +0000 fabio.massalli 695683 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/